Instituições de diversos setores se manifestam contra Relatório Final da CPI Funai-Incra2

Os retrocessos nas políticas voltadas às populações indígenas e os ataques a direitos fundamentais dessas populações tomaram uma dimensão insustentável nos dois últimos anos.

Isso fica claro no volume de notas de denúncia e manifestos de repúdio produzidos por intelectuais, pesquisadores, cientistas, artistas e diversas instituições nacionais e internacionais.

Muitas dessas manifestações repudiam o relatório final da CPI Funai-Incra 2 que pode resultar no indiciamento de mais de 100 pessoas, entre lideranças indígenas, indigenistas, religiosos, antropólogos e membros de organizações não-governamentais que trabalham junto aos povos indígenas, como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e o Centro de Trabalho Indigenista (CTI).

Um manifesto assinado por mais de 1500 pesquisadores, intelectuais e artistas, assim como 54 centros acadêmicos e instituições nacionais e internacionais, organizado pela Society for the Anthropology of Lowland South America (SALSA), pela Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e pelo Groupe International de Travail pour les Peuples Autochtones (GITPA) foi entregue a todos os parlamentares que compõem a CPI Funai/Incra e a todos os ministros e ministras do STF.

Esse manifesto será ainda protocolado junto ao Ministério Público Federal, à Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Confira aqui o manifesto da SALSA com as assinaturas.

Além da SALSA, diversas outras instituições se manifestaram, dentre elas a 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal – Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais que considera o relatório final da CPI Funai-Incra 2 inconstitucional e ilegal.

Confira abaixo as notas de outras instituições nacionais e internacionais: